Archive for outubro \20\+00:00 2011

h1

Eu também quero ler Allen Ginsberg

outubro 20, 2011

Allen Ginsberg, o primeiro de barba, volta (em tempo de crise) a ser referência para os americanos

Onde chegamos? Essa seria uma boa pergunta para todos os que se amontoaram nas senzalas da escravidão industrial, para servir ao grande senhor do capital especulativo. Será que estamos vivenciando o surgimento de uma nova idade média, que pelas suas características históricas se furta em ampliar os horizontes humanos? Tudo indica que sim. Em um país, como o Brasil, sem tradição cultural, a situação é muito pior.

Atualmente, milhões de brasileiros possuem em suas casas somente um livro: a bíblia. Ela se torna a única referência de mundo para essas pessoas. Podem acreditar! Isto é um retrocesso… Nunca ouviram falar de Thomas Mann, Virginia Wolf, Marcel Proust e tantos outros da literatura clássica. E nunca terão paciência para conhecê-los. Como grande parte dessa turma se tornou emergente, a preferência pelos churrascos nos finais de semana é a melhor opção para aliviar a tensão. Tudo acompanhado de papos confusos sobre futebol e outros temas, sem conexão com um pensamento mais interessante. É uma comunidade infantil, cheia de superficialidades imediatistas.

Como encontrar um caminho, neste cenário tão pobre? Sinceramente, não tenho a resposta. Falar que tudo terá uma progressão a partir de investimentos em educação e cultura através do auxilio estatal é pura conversa fiada; sem falar na corrupção, que se estende para dentro das ONG’s e repete as barbáries dos falastrões do Congresso Nacional.

Veja bem… A crise planetária (seja climática ou financeira) se arrasta e, sem qualquer aviso, derruba os méritos de um conservadorismo capitalista que chega a exaustão. Até agora não ouvimos a palavra PREVENÇÃO. Se a situação piorar, não teremos meios suficientes para salvar todo mundo (com empregos dignos, boa alimentação, moradia e bens simbólicos). A Europa está sentindo isto na pele.

Falar que o pré-sal é a salvação do Brasil é um simulacro para os ouvidos mais atentos.  Por sua vez, os partidos políticos ressecados pela falta de lideranças com conteúdo, se preocupam em manter apenas o status quo dos seus convidados de honra. Mais nada que isso. Literalmente estamos na fase feudal. Do período patriarcal. Uma lástima. 

Enquanto o Brasil desconhece seus enredos culturais, pelos parques e ruas nos Estados Unidos tem muita gente lendo Allen Ginsberg. Procuram uma alternativa de defesa, que abra novas portas e, sobretudo, inove na elaboração de uma civilização mais consciente. Obviamente isso é um sonho! Mas cresce o número de gente, com necessidade de viver em comunidades alternativas, sem o peso cruel de um sistema comandado por democratas ou republicanos. Anseiam por liberdade. Assim como grande parte das pessoas dos países europeus. O capitalismo americano, com os seus “gênios” de Wall Street, deixa a desejar.

Enquanto Bill Gates e Steve Jobs (que faleceu recentemente) se tornavam marcas tecnológicas, uma outra turma como Linus Torvalds,  Pierre Lévy e Toni Negri, se debruçava em estudar novas formas de conhecimento, para se entender a funcionalidade da tecnologia na transformação do mundo.

Novamente vem a seguinte questão, quais desses jovens (que tem a necessidade de criar ídolos) leram ou estudaram profundamente os livros desses autores. A resposta é: poucos. Possivelmente os jovens filandeses e canadenses são o top neste universo. Os demais, assim como os brasileiros com as suas bíblias, continuarão a cultuar seus tablets, celulares, iPod e outros instrumentos, sem entender os fluxos exatos do conhecimento. Acho que todos estão precisando ler Allen Ginsberg.

h1

Que país é este? (parte 1)

outubro 17, 2011

 

No início da década de 90 surgiu o grupo ZOOM, que era formado basicamente por Pedro Lacerda, Rafael e eu. Naquela ocasião começamos com um programa de rádio (na Sucesso FM, em Barbacena), que tinha a duração de 15 minutos. Na verdade eramos coadjuvantes, pois o ZOOM era um quadro de um outro programa apresentado por Rubens Albuquerque. Mas isso não impediu que o ZOOM se desse bem. E como deu!

Durante os seus 15 minutos semanais no ar fizemos muito barulho. Falamos um pouco de cada coisa. Loucura, carnaval, carecas, amor e sexo, meio ambiente, corrupção, rock e vários temas. Entrevistamos Ziraldo, o cantor João Bosco, Adélia Prado e mais 1.200 pessoas que circulavam pelas ruas da cidade. 

Foi a partir desse programa que deu para produzir os documentários “Que país é este?”, “Movimento terrestre” e “Lugar Nenhum. Sendo assim estou disponibilizando na net todos eles. O primeiro a ser divulgado será “Que país é este?”, que teve a participação dos jornalistas Sérgio Ayres e Edson Brandão.

Como o documentário tem 45 minutos, eu o dividi em 4 partes. Esta é a primeira. “Que país é este?”, foi criado em 1991. Obviamente o cenário era outro. Mas vocês observarão que muita coisa não mudou durante estes últimos anos. 

O endereço do link é: http://www.youtube.com/watch?v=ReZm9vWoDEo&feature=share 

Vale a pena conhecer esse trabalho.

 

 

h1

PAPO NO FACE

outubro 9, 2011

 


Até quando o mundo continuará assim? Neste  eterno sobe e desce, sem que haja de fato algo que nos conduza a plenitude do existir? A resposta não sei, mas sinto que tem muita gente por aí vivenciando coisas interessantes, que colocam em xeque qualquer pensamento ortodoxo. Os fluxos existênciais estabelecem novos vínculos, que estão distantes das verdades apresentadas, e movimentam nossos corpos e prazeres para outras quebradas.

Recentemente conversando com uma amiga pelo facebook,  ela foi breve nas palavras: “As pessoas desaprenderam a amar. Eu, por minha vez, tenho mergulhado nas paixões próprias, explorando o meu corpo na solidão das noites calmas. Somente eu e os meus desejos. Os homens se tornaram embrutecidos. Querem transar e depois viram para o lado e se esquecem dos detalhes anteriores. Dei um fim nisto, e me permito em sentir sozinha os meus prazeres. Essa coisa do encontro, ter de me vestir, passar batom, me arrumar toda, para conhecer alguém, encheu o saco”.

Não demorei em responder o que achava disso: “De repente você está coberta de razão. Outro dia mesmo uma tia de 68 anos me falou que parou de transar com o marido, porque ele perdeu o pique. E para compensar a falta de sexo, ela tem se masturbado virtualmente com outros homens pela internet. Com os seus longos cabelos brancos, seu maior tesão é variar os sabores do gozo com jovens e homens de todas as idades”.

Mas uma vez minha amiga me disse: “Sorte a nossa geração ter acesso a esse instrumento. Se não existisse essa possibilidade tudo seria um tédio. Também gosto de passar horas me tocando, vendo cenas de pessoas que moram no Canadá,  na África, no Japão, no México, nos Estados Unidos e de vários lugares. São casais, gente de todas as idades. Acho um barato”.

Mais uma vez apresentei a minha opinião: “Se fosse o contrário, como você mesmo disse, estaríamos entediados. Tem gente que acredita que o campo real é mais saudável e que toda essa coisa de sexo virtual é doentio. Mas pelo que sei tem psiquiatra, padre, pastor, professor, escritor, artista plástico, ambientalista, donas de casa, pedreiros, padeiros, pai de família, se fazendo valer da interatividade criada pela Internet para satisfazer seus desejos. Vejo a masturbação como algo saudável. Se tiver alguém do outro lado para retribuir, fica melhor ainda”.

Desta vez, minha amiga deu boas gargalhadas e alfinetou: “Pelo jeito você também é um apreciador no assunto. Aposto que gosta de ficar pelado na frente do computador vendo as mulheradas se tocando”.

Sem me hesitar fui direto ao ponto: “Não sou hipócrita. O mundo tem seus movimentos; e eu, os meus. Afinal, o que queremos é passar pela existência com tranquilidade. Quero viver a minha vida com dignidade sem prejudicar os meus semelhantes. Independente das minhas manifestações de desejo, o sexo é uma expressão bela que tem um significado profundo, de transformação”.

Novamente minha amiga riu e argumentou: “Seja mais explicito meu bem. Eu adoro sexo, passo 24 horas pensando em sexo. kkkkk. E daí. Dane-se o que as pessoas pensam disso. Bem, terei que ir. Vou tomar um suco e voltar para a net. Vou teclar com um homem que conheci em um chat lá do Rio Grande do Sul. O cara tem uma performance e tanto. Preciso de vitaminas para dar conta do recado. Até mais meu amigo”.

h1

MUNDO MIX

outubro 9, 2011

um mundo repleto de informações

um mundo repleto de informações

confira mundo mix. Ele veio para revolucionar