Archive for outubro \20\+00:00 2011
Eu também quero ler Allen Ginsberg
outubro 20, 2011Que país é este? (parte 1)
outubro 17, 2011
No início da década de 90 surgiu o grupo ZOOM, que era formado basicamente por Pedro Lacerda, Rafael e eu. Naquela ocasião começamos com um programa de rádio (na Sucesso FM, em Barbacena), que tinha a duração de 15 minutos. Na verdade eramos coadjuvantes, pois o ZOOM era um quadro de um outro programa apresentado por Rubens Albuquerque. Mas isso não impediu que o ZOOM se desse bem. E como deu!
Durante os seus 15 minutos semanais no ar fizemos muito barulho. Falamos um pouco de cada coisa. Loucura, carnaval, carecas, amor e sexo, meio ambiente, corrupção, rock e vários temas. Entrevistamos Ziraldo, o cantor João Bosco, Adélia Prado e mais 1.200 pessoas que circulavam pelas ruas da cidade.
Foi a partir desse programa que deu para produzir os documentários “Que país é este?”, “Movimento terrestre” e “Lugar Nenhum. Sendo assim estou disponibilizando na net todos eles. O primeiro a ser divulgado será “Que país é este?”, que teve a participação dos jornalistas Sérgio Ayres e Edson Brandão.
Como o documentário tem 45 minutos, eu o dividi em 4 partes. Esta é a primeira. “Que país é este?”, foi criado em 1991. Obviamente o cenário era outro. Mas vocês observarão que muita coisa não mudou durante estes últimos anos.
O endereço do link é: http://www.youtube.com/watch?v=ReZm9vWoDEo&feature=share
Vale a pena conhecer esse trabalho.
PAPO NO FACE
outubro 9, 2011
Até quando o mundo continuará assim? Neste eterno sobe e desce, sem que haja de fato algo que nos conduza a plenitude do existir? A resposta não sei, mas sinto que tem muita gente por aí vivenciando coisas interessantes, que colocam em xeque qualquer pensamento ortodoxo. Os fluxos existênciais estabelecem novos vínculos, que estão distantes das verdades apresentadas, e movimentam nossos corpos e prazeres para outras quebradas.
Recentemente conversando com uma amiga pelo facebook, ela foi breve nas palavras: “As pessoas desaprenderam a amar. Eu, por minha vez, tenho mergulhado nas paixões próprias, explorando o meu corpo na solidão das noites calmas. Somente eu e os meus desejos. Os homens se tornaram embrutecidos. Querem transar e depois viram para o lado e se esquecem dos detalhes anteriores. Dei um fim nisto, e me permito em sentir sozinha os meus prazeres. Essa coisa do encontro, ter de me vestir, passar batom, me arrumar toda, para conhecer alguém, encheu o saco”.
Não demorei em responder o que achava disso: “De repente você está coberta de razão. Outro dia mesmo uma tia de 68 anos me falou que parou de transar com o marido, porque ele perdeu o pique. E para compensar a falta de sexo, ela tem se masturbado virtualmente com outros homens pela internet. Com os seus longos cabelos brancos, seu maior tesão é variar os sabores do gozo com jovens e homens de todas as idades”.
Mas uma vez minha amiga me disse: “Sorte a nossa geração ter acesso a esse instrumento. Se não existisse essa possibilidade tudo seria um tédio. Também gosto de passar horas me tocando, vendo cenas de pessoas que moram no Canadá, na África, no Japão, no México, nos Estados Unidos e de vários lugares. São casais, gente de todas as idades. Acho um barato”.
Mais uma vez apresentei a minha opinião: “Se fosse o contrário, como você mesmo disse, estaríamos entediados. Tem gente que acredita que o campo real é mais saudável e que toda essa coisa de sexo virtual é doentio. Mas pelo que sei tem psiquiatra, padre, pastor, professor, escritor, artista plástico, ambientalista, donas de casa, pedreiros, padeiros, pai de família, se fazendo valer da interatividade criada pela Internet para satisfazer seus desejos. Vejo a masturbação como algo saudável. Se tiver alguém do outro lado para retribuir, fica melhor ainda”.
Desta vez, minha amiga deu boas gargalhadas e alfinetou: “Pelo jeito você também é um apreciador no assunto. Aposto que gosta de ficar pelado na frente do computador vendo as mulheradas se tocando”.
Sem me hesitar fui direto ao ponto: “Não sou hipócrita. O mundo tem seus movimentos; e eu, os meus. Afinal, o que queremos é passar pela existência com tranquilidade. Quero viver a minha vida com dignidade sem prejudicar os meus semelhantes. Independente das minhas manifestações de desejo, o sexo é uma expressão bela que tem um significado profundo, de transformação”.
Novamente minha amiga riu e argumentou: “Seja mais explicito meu bem. Eu adoro sexo, passo 24 horas pensando em sexo. kkkkk. E daí. Dane-se o que as pessoas pensam disso. Bem, terei que ir. Vou tomar um suco e voltar para a net. Vou teclar com um homem que conheci em um chat lá do Rio Grande do Sul. O cara tem uma performance e tanto. Preciso de vitaminas para dar conta do recado. Até mais meu amigo”.
MUNDO MIX
outubro 9, 2011um mundo repleto de informações